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Toda família Religiosa tem uma pessoa que a inicia, a quem chamamos de Fundador.
O Fundados da nossa Congregação é Pe. Eustáquio Montemurro, nascido em Gravina de Puglia, Itália. Graças à excelente educação recebida e às provações que a vida lhe reservou, manifesta uma forte personalidade, aberta à cultura e às relações sociais, harmoniosamente integrada por valores humanos e religiosos.
A seguir, uma linha do tempo registrando as fases mais relevantes do Pe. Eustáquio Montemurro.
Eustáquio Montemurro nasceu em Gravina, em 1º de janeiro de 1857. Segundo filho de Giuseppe e Giulia Barbarossa, estudou em Minervino Murge, na escola do seu tio Federico. O jovem Eustáquio deixou Minervino para seguir seu pai para Gravina, após as perdas que atingiram a família (entre 18 e 24 de junho de 1867 sua mãe Giulia Barbarossa, seu irmão Federico e sua irmã Maria Francesca morreram).
Eustáquio Montemurro frequentou a escola secundária "Emmanuele Duni" em Matera. Os anos Matera foram importantes para a formação humana e espiritual de Eustáquio, especialmente pela vida cotidiana vivida com os tios paternos extremamente pobres Pasquale e Raffaella. Ele inscreveu-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Nápoles, onde obteve um diploma especial em matemática e ciências, e em 1881 graduou-se em medicina e cirurgia e começou o serviço militar.
Com outros seis colegas, ele forma a Associação Médico-Cirúrgica. Em 15 de julho de 1883 foi eleito vereador municipal e em 14 de setembro nomeado membro da Comissão de Combate à Filossera e membro da Comissão de acordo entre o Município de Gravina e a Congregação da Caridade. Em 1884 foi nomeado membro da Congregação da Caridade e superintendente escolar e também membro da comissão municipal para a construção de um hospício. Em 1885, ele ensinou ciências naturais gratuitamente no ginásio e, em 1887, defendeu com sucesso no conselho a utilidade de inspetores gratuitos para empregos femininos nas escolas primárias. É nomeado professor de história natural nas escolas técnicas, aceita o cargo e renuncia ao salário. Nas mesmas condições ele ensinou matemática em 1888 e em 1889 ciências.
Durante uma grave doença, Eustáquio Montemurro teve uma visão em 1890: os Santos Cosme e Damião, vestidos de batina, apresentaram-se a ele enviados pelo Senhor. Ao acordar, comunicou aos presentes sua intenção de se tornar sacerdote se, com a intercessão de Nossa Senhora, fosse curado. Eustáquio se recuperou, mas só em 17 de dezembro de 1902 expressou seu desejo de abraçar a vida sacerdotal ao bispo da diocese de Gravina e Irsina. Ele foi assim ordenado sacerdote em 24 de setembro de 1904.
Abracei este ministério com amor
e procurei encontrar a minha alegria e o meu contentamento em correr para a beira do leito dos moribundos...
administrando os Sacramentos às almas
e ensinando o catecismo às crianças”.(EM Epist., II, 409)
O desejo de testemunhar ao mundo a grandeza do amor do Coração de Cristo, de salvar tantas almas quanto possível e de responder às indicações pastorais de São Pio X ajudou a fazer nascer no coração de Dom Eustáquio a inspiração para fundar dois institutos. Em 21/11/1907 fundou o instituto masculino para o culto da Sagrada Eucaristia, chamado de “Irmãozinhos da SS. Sacramento". A intuição de fundar o feminino nasceu em 18 de abril de 1905, onde Dom Eustáquio, depois de ter ajudado uma jovem, Ângela Cavalluzzi, escreve: um "Instituto para essas pobres meninas". O nascente Instituto tinha o título de "Servas de Santa Rita" que mais tarde passou a "Filhas da Sagrada Costa". Decidido e firme, mesmo nas situações mais difíceis, Pe. Eustáquio dedicava horas à oração meditativa e contemplativa. Assim, movido por estes impulsos de caridade e contemplação, agraciado por Deus com uma profunda experiência do Seu Amor gratuito e Misericordioso para com ele e para com todos os irmãos pecadores, fundou a Congregação das Irmãs Missionárias catequistas do Sagrado Coração.
Em 1910 D. Eustáquio inaugura em Minervino Murge, uma casa das Filhas da Sagrada Costa, cuja obra foi impedida em Gravina. Em 3 de novembro do mesmo ano tenta, tomada pelas Congregações Romanas, salvar as obras.
Em 11 de janeiro de 1911, Pe. Eustáquio acompanha quatro Filhas da Sagrada Costa a Potenza, e em 21 de fevereiro do mesmo ano, a Sagrada Congregação decreta a dissolução das obras fundadas por d. Eustáquio e envia Mons. Giovanni Del Papa como visitante apostólico. E em 1912 Mons. Zimarino, para impedir a restauração dos Irmãozinhos, nega ao Pe. Eustáquio um certificado de boa conduta a ser apresentado à Santa Sé.
Seu grande fervor causou a incompreensão de alguns membros da hierarquia eclesiástica até o ponto de afastá-lo de sua obra recém iniciada. Mas as incompreensões e o sofrimento não o abateram. Como servo fiel e obediente, afastou-se humildemente de sua Congregação, e junto ao Pe. savério Valério, acolhido com muito amor pelo Beato Bartolo Longo, foi viver em Pompéia (Itália), perto do santuário da Virgem do Rosário.
Nos últimos dias da sua vida, Padre Eustáquio viveu em Pompéia em grande pobreza, caridade incansável e operosidade apostólica até o dia 2 de janeiro de 1923, considerado já um "santo", acometido de broncopneumonia, morreu no Vale de Pompéia. Dom Valério, que próximo a ele até seu enterro, fez anúncio aos parentes da Sagrada Costa e aos amigos.